quinta-feira, maio 29, 2008

Bloodflowers.

Como dizia o antigo mestre do gótico underground, as flores sempre morrem.

Eu reflito. Onde estavam os sentimentos que ficaram escondidos? Representados por belas flores. Talvez ele, o sentimento, nunca tenha existido. Mas as flores me iludiram, pelo menos elas foram verdadeiras.

Flores.
Elas nascem. Elas crescem. Vivem o seu tempo do modo mais belo e perfeito. Simples e verdadeiro. Nós ficamos aqui, cobiçando, imaginando ser uma um dia, ser como elas. Mas enfim, elas se vão. Elas morrem. O que vem por trás delas, o sentimento do amor, infelizmente morre com o tempo, e nos sobram somente flores de sangue.

domingo, maio 25, 2008

Problemas.

Descobri um problema meu, mais um. Num domingo completo, onde tudo estava acontecendo perfeitamente da forma que eu imaginei, caiu por terra após uma bela cagada minha. Agora percebo, enxergo o erro. Só era perfeito porque existia apenas um personagem, eu. No momento em que coloquei mais gente nesse "plano", fudeu!

Tentar viver a minha própria vida já é difícil, pior ainda é viver a de outros também. É assim que sou, sempre querendo ajudar, participar. Mas aprendi a lição. Viver a minha própria vida, e talvez no máximo mais uma, assim facilita. Bola pra frente.

Com esse eu penso na vida. Me recupero.
U2 - Miss Sarajevo



E com esse eu fico feliz.
Zucchero - Per colpa di chi



Bola pra frente.

quinta-feira, maio 08, 2008

O Funk dos 8 ao 80.

O funk é um estilo musical que a muito tempo é intensamente debatido por pessoas de diferentes opiniões e idéias. É um assunto complexo e polêmico onde podemos discutir sua história, características, objetivos e também sua influência na sociedade.

Esse estilo surgiu no Rio de Janeiro na década de 90 influenciado pelo hip-hop, rap e principalmente por ritmos famosos no litoral leste americano. Possuía uma ideologia de vanguarda assim como o funk americano dos anos 70, representado por artistas negros como o famoso James Brown, cujo objetivo era reprimir o preconceito e a pobreza. No Brasil não foi diferente, buscavam não só expor à sociedade a verdadeira realidade de um povo pobre, oprimido e discriminado, mas também suas felicidades, conquistas, aventuras e, sobretudo o amor em suas diferentes formas.

Hoje em dia o funk é conhecido pela vulgaridade impressa em suas letras, muitas contendo pornografias implícitas; sua melodia é simples, constituída basicamente por ritmos e batidas repetitivas. Seu público alvo são os jovens que não costumam questionar a pureza de tal música, mas procuram sempre colocar em prática aquilo que escutam, essa influência negativa prejudica e muito retrocedendo nossa sociedade, vulgarizando a imagem feminina, entre outros problemas, o principal é que afeta o crescimento saudável de uma criança forçando-a pular determinadas etapas através da erotização precoce.

Atualmente o funk saiu das periferias, dominou a alta classe e já é exportado como referência musical da cultura popular brasileira para o mundo, ou seja, chegou para ficar e devemos saber conviver com isso. É visível que sua ideologia não é mais a mesma, que pode prejudicar transformando a mente e o corpo dos jovens, mas não podemos ser hipócritas, a raiz do problema está na própria sociedade, onde para tudo não há limites, não há cobrança, deixamos as coisas acontecer, culpamos o próximo e nos isentamos das responsabilidades. O funk perigoso e vulgar que conhecemos hoje é somente a ponta do iceberg, o reflexo de uma sociedade fraca, pobre e ignorante. Assim como qualquer outra forma de expressão cultural, possui um lado bom e um ruim, cabe a nós saber suprir somente a parte que é boa, e o principal, ensinar aqueles que necessitam, neste caso, nossas crianças e jovens.