quinta-feira, maio 08, 2008

O Funk dos 8 ao 80.

O funk é um estilo musical que a muito tempo é intensamente debatido por pessoas de diferentes opiniões e idéias. É um assunto complexo e polêmico onde podemos discutir sua história, características, objetivos e também sua influência na sociedade.

Esse estilo surgiu no Rio de Janeiro na década de 90 influenciado pelo hip-hop, rap e principalmente por ritmos famosos no litoral leste americano. Possuía uma ideologia de vanguarda assim como o funk americano dos anos 70, representado por artistas negros como o famoso James Brown, cujo objetivo era reprimir o preconceito e a pobreza. No Brasil não foi diferente, buscavam não só expor à sociedade a verdadeira realidade de um povo pobre, oprimido e discriminado, mas também suas felicidades, conquistas, aventuras e, sobretudo o amor em suas diferentes formas.

Hoje em dia o funk é conhecido pela vulgaridade impressa em suas letras, muitas contendo pornografias implícitas; sua melodia é simples, constituída basicamente por ritmos e batidas repetitivas. Seu público alvo são os jovens que não costumam questionar a pureza de tal música, mas procuram sempre colocar em prática aquilo que escutam, essa influência negativa prejudica e muito retrocedendo nossa sociedade, vulgarizando a imagem feminina, entre outros problemas, o principal é que afeta o crescimento saudável de uma criança forçando-a pular determinadas etapas através da erotização precoce.

Atualmente o funk saiu das periferias, dominou a alta classe e já é exportado como referência musical da cultura popular brasileira para o mundo, ou seja, chegou para ficar e devemos saber conviver com isso. É visível que sua ideologia não é mais a mesma, que pode prejudicar transformando a mente e o corpo dos jovens, mas não podemos ser hipócritas, a raiz do problema está na própria sociedade, onde para tudo não há limites, não há cobrança, deixamos as coisas acontecer, culpamos o próximo e nos isentamos das responsabilidades. O funk perigoso e vulgar que conhecemos hoje é somente a ponta do iceberg, o reflexo de uma sociedade fraca, pobre e ignorante. Assim como qualquer outra forma de expressão cultural, possui um lado bom e um ruim, cabe a nós saber suprir somente a parte que é boa, e o principal, ensinar aqueles que necessitam, neste caso, nossas crianças e jovens.

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